Falta de Civismo, imbecilidade ou distração?

Já é lugar comum falar-mos da condução do "português", mas todos os dias ao sairmos para a estrada vemos como é um assunto presente. De forma natural conseguimos identificar os vários motivos que levam aos acidentes que pululam nas estradas em dias como este: má conservação de estradas, estranhos traços para curvas, curvas no meio de descidas acentuadas (coisas que o bom senso deveria evitar que acontecem) falta de civismo (o "português" conduz sozinho na estrada com uma necessidade de enorme afirmação pessoal) imbecilidade e distrações... Se se lembrarem de mais estão livres de comentar.
As responsabilidades instituicionais vão ser (hoje) ignoradas e vou fazer uma breve (e espero que suficiente) abordagem aos responsabilidades do cidadão.
Ontem no programa revolta dos "Pasteis de Nata", o ilustre (lol) vocalista de uma banda portuguesa que já ultrapassou os 25 anos argumentou que vários artigos do código da estrada não são usados na prática. O que este senhor se esquece é que o código da estrada existe para orientar a conduta dos cidadãos enquanto utilizadores de vias publicas. Este senhor e todos os que dizem que o código da estrada para nada serve... o que importa é conduzir, provando que somos melhores condutores que o vizinho.
A falta de civismo aqui subjacente é responsável pela ignorância de principios base da condução que por sua vez provocam acidentes por vezes trágicos. Em dias como o de hoje, forçar a entrar numa qualquer via poderá ser faltal (apanhei um imbecil com um STOP, que me quiz empurrar para a berma, que com toda as razões que o assistem mandou-me "para o c..." em lingua gestual e não satisfeito espetou-me com os máximos). Este exemplo alia o "tou-me a lixar para todos" e imbecilidade.
Para as distrações existem diversos exemplos como o uso e abuso do telemóvel sem auricolar, a senhora pintar-se na fila de trânsito, o gajo a fazer a barba com a máquina electrica ou a beber um golo de coca-cola para empurrar bem big mac. A estes exemplos junta-se o anúncio da "intimissimi" com uma bela rapariga nos seus finais de adolescência em enormes placares, espalhados ao longo das principais vias de circulação. Depois de um exemplo destes apresentam estatisticas em que as mulheres aparecem com menos acidentes... Está mal!