Nas vésperas de mais um grande clássico do espectáculo e cultura portugueses, fica sempre bem mandar uns piropos ao adversário. Nesses magnificos dias a cidade de Lisboa, pára. Os adeptos esquecem a familia, a namorada, a Floribela e os Morangos e só existem aqueles 20 jogadores a correr atrás da bola e a defrontarem-se mais uma vez como já fazem à 100 anos, com alegrias e tristezas.
No dia seguinte as pessoas podem voltar a ler jornais, passear com as familias e lembrarem-se que temos o Natal a menos de um mês.
Nesse dia os corações pararam, as unhas desaparecem (as cervejas também), e os gajos com uma camisola diferente da nossa são inimigos... Odiamos aqueles gajos de tal forma que até dar-lhes uma carga de porrada não está fora de questão. No fim, com vencidos e vencedores (ou empatados) à sempre uma viagem de transporte publico onde continuar as provocações... ou uma fila de trânsito diferentemente colorida para nos levar a casa.
E tudo num país de brandos costumes que só o futebol consegue aquecer um bocadinho...
P.S. Continuo curioso em saber quando é que a equipa de ciclistas tira a roda de bicicleta do simbolo, quando já nem ciclismo têm...
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