sexta-feira, abril 27, 2007


Bom FDS... eu vou descançar a "cabeçorra" para o alentejo, se possível debaixo duma "azenhêra"...

quinta-feira, abril 26, 2007

25 de Abril... sempre?


Será que ainda sabemos o significado do 25 de Abril? Para os meus pais e a sua geração foi o dia da Liberdade... para nós nada significa, ao ponto de termos deixado que se torna-se mais um dia comercializável, como o natal, o dia de S. Valentim ou o Haloween...
Fiquei chocado (mesmo chocado!) por me pedirem um euro por um cravo... depois queriam negociar para três cravos pelo mesmo preço. Ficamos com os símbolos manchados. Os símbolos só têm força enquanto os entendermos. Perdemos o norte? Para nós é fácil falarmos em liberdade sem termos conhecido a prisão... é o legado da geração dos nossos pais, mas será que nos transmitiram o seu significado?
O saudosismo dos anos de liberdade confunde-se já com o saudosismo dos novos fascistas. Por um lado gritam-se palavras de ordem contra o governo que a maioria escolheu. Por outro há um regresso de conceitos nacionalistas e xenófobos. A força de um ditador é já pedida para aplacar os males e as diferenças sociais.
Até quando vamos permitir que os nossos representantes nada façam enquanto nos invadem os espaços publicos com ideias e conceitos xenófobos? Até nos entrarem em casa? Somos um país de mestiços... O nosso fundador era filho de um francês e de uma moura...? Não me falem em pureza da raça... Orgulhemo-nos de todos os portugueses judeus, muçulmanos, hindús, brancos e pretos, que trouxeram alguma projecção a este país que cai novamente na ausência de valores...

segunda-feira, abril 23, 2007

Novas oportunidades...


Realmente vivemos num país estranho: por um lado, temos milhares de empregados com baixas qualificações mas a quem oferecemos gratuitamente uma certificação das suas competências, por outro lado temos milhares de desempregados ou empregados licenciados, muitos deles que pagaram durante 5 anos as suas qualificações, muitas vezes acima das funções que realizam, recebendo como não licenciados.
De forma alguma estou contra a validação e certificação de competências baseada na experiência no mundo do trabalho. Mas o mesmo governo que investe milhões em dar competências em quem não as tem, esquece o papel que tem na reestruturação da economia e na criação de emprego.
Medidas que funcionam, raras vezes são usadas pelos diferentes governos deste república de bananas, perdão de Eng.os, que com todo o respeito gastaram anos a preparem-se para o mundo do trabalho e talvez esteja a receber como operários (ou se tiveram sorte, talvez recebam com 1º ministro).
As politicas salariais também acompanham esta certificação das competências. As medidas são boas mas precisam de ser enquadradas na rede desta sociedade. Não me compete, mas posso deixar algumass sugestões a quem nunca me irá ler: o investimento da economia portuguesa através da redução do IVA e IRS, poderá trazer resultados ao nível da redução da inflação, do nível de vida de todos, o que poderá também trazer uma melhoria dos niveis de produtividade dos trabalhadores. Mas isto são apenas palavras de alguém com os defeitos de formação na área de sociologia e não de economia... palavras de um treinador de bancada.
Uma boa semana a todos.

sexta-feira, abril 20, 2007

FDSemana com Sol...

Quando pintou o quadro acima o Sr. Munch, nunca imaginou que os motivos pelos quais ele se tornaria tão conhecido seriam tantos. Desde roubos em que os ladrões agradecem a segurança, a máscaras de filmes, associada a artigos sobre a "ansiedade" de revistas as referências ao "Skrik", são inúmeras. Até em dois episódios dos Simpsons ele foi parar, satirizando os roubos.

Só um apontamento para vos desejar um bom FDS... aproveitem o sol de domingo...


quinta-feira, abril 19, 2007

Para ti...

Maria... umas nascem, outras crescem, amam, choram, riem... dão alegrias e tristezas, saudades... e cá estamos para as lembrar... As Marias das nossas vidas... Se és Maria clica no link...

segunda-feira, abril 16, 2007

Bom Nome...

The Namesake - Mira Nair (2006)

Fugindo um pouco ao tema que serviu de mote aos meus últimos posts, venho sugerir que aproveitem a noite de hoje para irem ao cinema, e assistam ao regresso da realizadora indiana, Mira Nair, às salas portuguesas.

Além de uma história belíssima, mostra-nos os contrastes culturais de uma família emigrada nos USA, a sua adaptação (diferente no que respeita às gerações) e a importância que os nomes têm. Mesmo com origens diferentes talvez seja engraçado saberemos porque razão os nomes que temos nos foram dados.

O filme chama-se em português “O Bom Nome”. E vou continuar a fazer sugestões culturais sempre que a oportunidade surgir...

sexta-feira, abril 13, 2007

Diferenças... entre iguais...


O mau feitio só pode ser genético... e o meu é de certeza (até o meu gato já o adoptou como forma de vida).

Há coisas que saltam de uma geração para outra e como comecei há uns posts atrás a falar das diferenças de gerações, apetece-me continuar a usufruir deste mau feitio que me é característico, continuando a divagar.

Apesar de feitios iguais, valores semelhantes as experiências de vida tornam-nos diferentes. Os diferentes percursos de integração social, levam-nos a ter diferentes objectivos na vida e a ver a vida e os outros de formas diferentes.

Não tenho por objectivo ser igual aos meus pais... apenas vou construindo (com muitas asneiras!... calhando) a minha vida com cacos que consigo colar como um Picasso, que ele se esqueceu de pintar.

Procuro apenas viver o dia-a-dia sem estabelecer objectivos a longo prazo, sem me prender ao passado e ao futuro. Sendo eu, com as minhas loucuras, frustrações e o meu gato...

Além disso... Bom FDS para todos, com estima e amizade, por todos os que perdem tempo a ler um chorão deste calibre...

quinta-feira, abril 12, 2007

momento musical do dia

Nem sempre os sons que saiem do rádio no local de trabalho são os mais agradáveis mas o de hoje fez-me regressar no tempo, e com uma certa nostalgia, aos 80... com uma banda da qual só aprendi a gostar vários anos mais tarde... acontece...

Boys Don't Cry - liga o som e clica no link anterior - (The Cure)

I would say I'm sorry if I thought that it would change your mind

But I know that this time I have said too much, been to unkind

I try to laugh about it, cover it all up with lies

I try to laugh about it, hiding the tears in my eyes

'cos boys don't cry

Boys don't cry

I would break down at your feet and beg forgiveness, plead with you

But I know that it's too late and now there's nothing left that I can do

So I try to laugh about it, cover it all up with lies

I try to laugh about it, hiding the tears in my eyes

I would tell you that I loved you if I thought that you would stay

But I know that it's no use that you've already gone away

Misjudged your limit, pushed you too far

Took you for granted, I thought that you needed me more

Now I would do most anything to get you back to my side

But I just keep on laughing, hiding the tears in my eyes

'cos boys don't cry

Boys don't cry

Boys don't cry

Amizade...

"A amizade começa quando, estando juntas, duas pessoas podem permanecer em silêncio sem se sentir constrangidas." (Tyson Gentry)... lamento não saber nada sobre este autor... nem sequer a wikipedia me ajudou...

Em parte, pegando em qqc do post de ontem, em especial nos valor que damos à amizade, gostava de referir que muito se escreve sobre este tema... ainda que me pareça que o ser humano muito pouco ou nada sabe sobre a amizade. Tentamos criar conceitos que se reduzem à nossa experiência de vida e aprendemos a viver com as desilusões que os amigos nos trazem.

Existe uma infinidade de conceitos para definir a amizade mas poucas são as palavras que abarcam algo tão abstracto. Conceitos bonitos, de grande sensibilidade ou “castelos-nas-nuvens”? A amizade tal como o amor deve ser alimentada, pelo respeito e pelos gestos de carinho e de estima. Basta apenas uma palavra de compreensão para alimentar a amizade e o amor... pequenos gestos que se tornam tão grandes na sua importância. Saber ouvir pode ser o gesto... saber ouvir, é dar importância a quem a tem... e esses são os amigos...

Às vezes precisamos aprender a ouvir sem julgar...


quarta-feira, abril 11, 2007

um abraço para quando faz falta...

"Não pode ser seu amigo quem exige seu silêncio ou atrapalha seu crescimento." (Alice Walker)

O relacionamento entre pais e filhos é algo constante nas nossas vidas e sempre com altos e baixos. A juntar a isto temos uma tendência cultural e muito europeia, para não dizer apenas “tuga”, para sermos o centro do nosso mundo e sentirmos que os actos dos outros nos são dirigidos...

Assim nem sempre é possível vivermos em harmonia entre diferentes gerações, em especial quanto o respeito é algo que apenas tem uma direcção... em concreto de filhos para pais. Isto acontece fundamentalmente porque as pessoas apesar de uma grande proximidade familiar não se conhecem e não consideram sequer importante conhecer o outro.

As relações que temos com amigos além de mais soltas e onde o respeito permite uma proximidade relativa, tem apenas o defeito de durar até acabar. Entre pais e filhos, é pior que o casamento, porque é mesmo até que a morte nos separe.

Isto não significa que o amor não existe, apenas que as pessoas vivem as suas vidas de formas que não são obrigatoriamente iguais mesmo que os valores que as conduzem sejam. O mundo é diferente... no último século, o mundo tem mudado tão rapidamente que a nossa adaptação às novas realidades depende da geração em que nascemos e da vontade de nos adaptarmos.

O mundo ocidental precisa que as pessoas vivam mais depressa, com uma maior disposição para aprender depressa o novo mundo que nos rodeia... as relações são diferentes da geração que nos antecedeu, que cresceu sob as criticas conservadoras de uma realidade fascista.

O que pode ser o fiel da balança nas relações? O amor e a tolerância... Pensem nisto... ou não?!

Um abraço aos amigos e à família... a todos os que sinto falta quando não estão...

segunda-feira, abril 09, 2007

300... momentos culturais

«Ou quem, com quatro mil Lacedemónios,
O passo de Termópilas defende [...]
» Luis Vaz de Camões - Lusiadas - último canto, estância 21

300... um dos grandes filmes do ano (e ainda não chegamos a meio) baseado numa BD de Frank Miller sobre a Batalha de Termophilae. Uma história de coragem que chega aos nossos dias com um grafismo de BD, perfeito para as mulheres "lavarem os olhos" (tenho pena de informar que se forem só pelo Santoro, são capazes de sairem desiludidas) e para qualquer homem que aprecie histórias com muito sangue, ficar vidrado e sem folego do principio ao fim do filme.

Depois da calma vem a tormenta...


Pois é! A pedido de alguns leitores e na sequência do último post que tem já quase 2 semanas (facto que de que sou totalmente isento de responsabilidades... e cujo dedo aponto ao blogger), venho dar continuidade à indignação que está presente numa "minoria" de portugueses que se podem dar ao luxo de expremir as opiniões contrárias ao país fascisoíde e reacionário no qual viemos a descobrir em que vivemos, coloco a imagem acima.

Quero referir ainda que na sequência do último post (já com 2 semanas...) recebi comentários por messenger em total desacordo com a minha opinião. Comentários esses (permite-me lembra-te) só são possiveis pelo facto de vivermos nesta democracia corrupta em que vivemos. Podias tê-los colocado no blog... sou suficiente democrático para colocar todos os comentários e não apenas as palmadinhas nas costas que me são dadas por quem concorda com as minhas opiniões livres... O Salazar podia ter muitas qualidades, mas deu-nos um país em que poucos podiam pensar mas apenas de acordo com o que uma elite pensava... não havia liberdade... uma falsa sensação de segurança, na qual as diferenças socio-economicas eram grandes mas não tão grandes como se vieram a tornar (concordo)... eu não vivi nessa época senão podia ter apanhado com uma carga policial, por ler Marx, ter um poster do Che ou ouvir um disco do Zeca... se interrogado por pensar e dizer que não concordava com as políticas económicas e educacionais de um país que não era um paraíso (apenas o poster dele...).

A vida não é a preto e branco... existem ainda várias câmbiantes de cinzentos... se fores mais atrevido(a) poderás seguir outro caminho e descobrir que existem azuis, vermelhos, verdes, amarelos...

Vou tentar recuperar o tempo perdido e postar mais regularmente...

Um abraço num país de em que posso gritar bem alto "ISTO É TUDO UMA MERDA..."

P.S. Foi-me enviado um comentário com um link que se refere ao cartaz do PNR, que julgo ser importante para quem tiver interesse.